“Era uma vez...”

Numa cidadezinha muito, mas muito distante daqui, cujo o nome era Roseiral eu nasci e vivi por 16 anos, quando sai para estudar. Morávamos, e meus pais ainda moram lá, bem no centro de Roseiral onde tudo acontecia. Minha mãe também era uma “palpitera” de casamento. Toda moça que iria se casar ia até lá, perguntava como fazia com o bolo, onde arrumar o vestido e etc. Mamãe vivia emprestando algumas pérolas e outros “apetrechos” para as noivas usarem, era tudo muito simples, mas ela sempre contribui com algo. Mas o que as noivas mais pediam a minha mãe era a permissão para eu entrar no casamento. Nunca entendi porque era tão requisitada naqueles casamentos. Acho que as noivas tinham segurança de que eu não iria avacalhar, chorar ou não querer entrar na hora, coisa muito comum em se tratando de crianças. Só sei que eu amava ir, e quase todo sábado estava eu com o cabelo embebido de cerveja e com dedinhos, minha mãe falava que a cerveja segurava os cachos. E quando soltava...ai que alegria, aquele cabelo sem graça, lisinho, ficava todo bonitão cheio de cachinhos, mas que mesmo com a cerveja, em pouco tempo desmoronava e ficava retinho de novo. Eu chorava tanto quando esses cachos acabavam, queria que eles durassem para sempre.

Postei algumas fotinhas para vocês conferirem:

Eu sou a de rosa. A direita, minha prima (e melhor amiga) que veio a ser minha madrinha de casamento.

Ao meu lado minha amiga Marinalva. Detalhe: em meu casamento o seu nome estava na barra do meu vestido.

Mais uma com o tal vestido rosa....

Finalmente uma foto com outro vestido.

Com meu melhor amigo e que também foi meu padrinho de casamento!



Esse é meu marido, que também já foi pagem.

Então, é legal ver como a moda mudou, hj as daminhas vestem vestidinhos bem mais infantins. Antigamente havia aquela coisa de mini-noiva, que o vestido da dama deveria ser parecido com o da noiva. Que bom que mudou! Porque a noiva deve ser única no seu dia, tudo a seu redor são meros complementos.